domingo, 5 de maio de 2019

Sócrates também anunciou o “melhor” défice da democracia portuguesa

As patranhas à volta do défice voltaram. Costa diz que é o “um resultado histórico e virtuoso”. Centeno afirma que “é uma conquista desta legislatura”,  que “Portugal conseguiu virar a página da austeridade” e que “as profecias da direita falharam”.  Ambos estão em êxtase e vangloriam-se deste valor – 0,5% do PIB. É impressão minha ou já vivemos este filme com a mesma histeria nos anúncios de  Sócrates a poucos passos de uma bancarrota ?
Se visse seu vizinho que ganha o salário mínimo, cheio de dívidas, a comprar um Lamborghini, a fazer férias no Mónaco, a dizer que está cheio de dinheiro o que pensaria? Certamente diria que o tipo é um mentiroso, que jamais poderia ter aquele nível de vida se não se endividasse até ao pescoço e fizesse ainda calotes a toda a gente, certo? Então porque teima em acreditar que este magnífico défice feito às custas da falência técnica de todo um país com a suspensão dos pagamentos, cativações,  retenção das pensões dos nossos emigrantes e aumento  de impostos nunca vistos desde 1995, é verdadeiro?
O país está um caos. Os comboios estão a cair aos bocados; nos hospitais e escolas falta tudo; as estradas, pontes, viadutos, edifícios públicos estão  a ruir; a (des)Protecção Civil  mata em fogos florestais por via da colocação de “boys”sem qualificações e meios obsoletos; a polícia não tem gasóleo nem carros em condições sequer para fazer rondas; os transportes públicos são suprimidos por falta de manutenção;  a emigração é  elevada; o endividamento das famílias aumentou; a poupança caiu. 
Se tudo o que foi varrido para “debaixo do tapete” fosse colocado nas contas do défice, teríamos um valor muito superior a 3-4% mas a UE permite cosméticas no apuramento do défice. Malabarismos contabilísticos que fazem com que possam levar umas despesas ao défice e  outras já não. É o ilusionismo do costume que fez e faz de nós grandes aldrabões profissionais na Europa. Foi assim com esta marosca  toda, que aderimos ao euro. Lembram-se?
Como pode uma dívida pública estar constantemente a subir e o défice ser historicamente baixo sem manipulação de números contabilísticos? Façamos um exercício simples: você em casa tem um desequilíbrio financeiro. Suas despesas são maiores que as receitas. Para equilibrar esse défice o que faz: 1. pede um aumento ao patrão? 2. tenta fazer mais entradas de receitas com horas extra ou um part-time  aos fins semana? 3. corta nas suas despesas que não são de primeira necessidade? 4. deixa de fazer qualquer despesa não comprando quase nada e  não paga contas seja de luz,  água, renda e empréstimos?
Obviamente que não optou pela 4 hipótese, certo? Não optou porque sabe que isso não soluciona nada, pelo contrário, adia e agrava o seu défice, certo? Então porque aceita que Centeno o faça no país? A fórmula utilizada por este malabarista da treta é exactamente aquela que você rejeitaria a todo o custo para resolver seu défice doméstico. Pior: ele além de  usar esse método, chama-o de “sucesso”. Não lhe parece estúpido? 
Sócrates também anunciou “milagrosos” défices. Às portas de anunciar mais uma bancarrota, dizia:  “o défice de 2,6% é o mais baixo da democracia portuguesa” e  “está para nascer um primeiro-ministro que faça melhor no défice do que eu”.  Entretanto, em Maio de 2010 anunciava: “um esforço adicional a todos os portugueses” que se traduz em aumentos de um ponto percentual de todos os escalões do IVA até ao final de 2011. A taxa máxima passa para 21 por cento e a reduzida, que incide sobre bens de primeira necessidade (alimentos e medicamentos comparticipados) fica em seis por cento, enquanto o IVA sobre a restauração sobe para 13 por cento” (notícia Correio Manhã) e em Setembro de 2010: “José Sócrates anunciou esta noite o aumento do IVA para 23% e um corte de até 10% na despesa total de salários do sector público, entre outras medidas de austeridade aprovadas em Conselho de Ministros extraordinário (…) aumento de impostos, corte de salários e prestações sociais, congelamento de todo o investimento público até ao final do ano e redução do número de contratados na função pública (…) redução média da massa salarial dos funcionários públicos em 5%  nos vencimentos entre 1.500 e 2.000 euros, a redução será de 3,5%. Nos escalões mais elevados, o corte chega aos 10% (…) ajudas de custo e horas extraordinárias também serão cortadas e termina a acumulação de pensões e vencimentos (…) as prestações sociais também serão sacrificadas, com a anulação do aumento extraordinário do abono de família e a redução em 20% do rendimento social de inserção” (notícia Jornal Sol).
Está para nascer um primeiro ministro que faça melhor no défice do que eu Economia RTP Notícias (1)
Sócrates Défice de 2 6 «é o mais baixo da democracia portuguesa» TVI24
Sócrates anuncia aumento do IVA e IRS até 2011 Política Correio da Manhã
Sócrates anuncia cortes salariais até 10 e aumento do IVA para 23
JOSÈ SOCRATES Portugal pede ajuda financeira YouTube
Em resumo, Sócrates começou por anunciar défices espectaculares e acabou anunciando uma bancarrota pouco tempo depois. Desafio-o a encontrar as diferenças entre ele e Costa.
Entretanto,  prepare-se para o embate.  Pelo lógica da matemática, vem aí dias difíceis.

sexta-feira, 3 de maio de 2019

Já foi consultar os seus descontos na Segurança Social?



Recebi uma denúncia muito grave. Nada porém que me surpreendesse não fôssemos nós governados por um bando de salafrários peritos em aldrabice. Um cidadão descobriu acidentalmente que em 2018 foram subtraídos valores aos seus descontos. Ou seja, entre os valores reais das remunerações auferidas declaradas e os valores lançados na Segurança Social para cálculo de reforma, há uma diferença substancial que desapareceu misteriosamente. Está perplexo? Aqui vai a prova toda.
Contabilista de profissão, este cidadão por norma consulta a base de dados da Segurança Social para acompanhar os seus descontos. Mas alertado por uma notícia do Correio da Manhã, que denunciava  que estavam a “roubar” no cálculo das reformas,  resolveu consultar o seu conta-corrente tendo detectado imediatamente que algo de errado se passava: em 2018 o valor total  das remunerações era inferior ao real. Ligou para a Segurança Social Directa e a funcionária que o atendeu ficou toda escandalizada, porque as notícias do Correio da Manhã eram falsas, que o que havia era um atraso no lançamento das contribuições e assim sendo,  não havia erro nenhum apenas um “atraso” por falta de pessoal, uma vez que esses movimentos eram lançados… manualmente(??) – afirmou ela. No decurso da chamada a funcionária corrigiu os valores para os correctos e recomendou “sair” e “entrar” outra vez no site. Por “magia” ficou resolvido: o extracto de remunerações e o valor para cálculo da reforma ficaram iguais. Este suposto “lapso” representou um sumiço de 30% do valor acumulado para a reforma. Acontece que o argumento justificativo para esta situação é falso: a comunicação das remunerações é automática via internet.
Porém uma dúvida assombrou-o: “será que foi só comigo?”. Resolveu então verificar um a um todos os seus clientes. E foi aí que percebeu a dimensão do “erro”: todos eles sem excepção, tinham valores subtraídos de cerca de 30% nas remunerações de 2018. Todos. Para o comprovar, enviou-me só alguns casos de contribuintes lesados, identificados com as letras de A a G:
(Verifique também sua situação contributiva: entre no site da Segurança Social Directa e siga estes passos: pensões; consultar remunerações anuais declaradas por empregadores; simulador de pensões; simulação automática; obter os salários que contaram para esta simulação ou dirija-se pessoalmente à Segurança Social).
Como não poderia deixar de ser, fui também consultar o meu extracto na Segurança Social Directa e pasmem-se, também fui contemplada com este estranho sumiço em 2018: desapareceu-me 33% do valor de remunerações desse ano. Exactamente a mesma percentagem que todos os outros lesados. 
Ora se em 2018 éramos cerca de 5,2 milhões de contribuintes,  todos com subtracção de cerca de 30% do valor total das remunerações declaradas, vejam quanto dinheiro o Estado  “poupou” ilegalmente nas nossas futuras reformas sem o nosso conhecimento. 
Se juntarmos a isto o atraso significativo no pagamento de reformas como refere a Provedora de Justiça no Jornal Negócios: “O problema tem sido agudizado exponencialmente nos últimos tempos”, referindo-se, em particular, à concessão de pensões, com pessoas a esperarem mais de um ano pelas suas reformas, temos mais umas inovadoras cativações de Centeno, o mestre dos malabarismos contabilísticos, para impedir a saída, antes do final de ano, de dinheiros dos cofres do Estado e assim evitar estragar o défice que se prevê
“baixinho”. Pois, pudera, também eu faria um brilharete destes se deixasse de pagar minhas despesas obrigatórias todos os meses e ainda desviasse dinheiro.
Não estou nada surpreendida com esta descoberta. Nada. Estou isso sim preocupada com aquilo que ainda não sabemos e que por estar ainda escondido de nós,  cidadãos, podemos já ir tarde para os solucionar. 
Isto é um país governado por vigaristas. Foi esta a herança deixada por um 25 de Abril mal feito que permitiu esta corja penetrar  no Parlamento.
Por isso hoje, não se esqueça de usar a sua “liberdade conquistada”  para ir ao site da segurança social e verificar se também foi  “premiado” –  por ter aplaudido, apoiado e votado  nestes piratas que Abril nos deixou – com um sumiço misterioso nos valores declarados das suas remunerações para contagem de reforma.
Reclame já antes que seja tarde.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

As notícias falsas não nasceram nas redes sociais porque sempre existiram



12 Novembro, 2018
Hoje chamam-lhe “Fake News” porque dá estilo  falar americanizado. Dantes eram designados apenas por boatos, a arte de descredibilizar e atacar o adversário, mais antiga do mundo. Lembrou  Carlos Abreu Amorim no facebook, e muito bem, que “a melhor e mais proveitosa “fake news”  aconteceu em 1383, quando “O Mestre de Avis e amigos foram ao Paço matar o Conde de Andeiro e puseram os pajens e o cúmplice Álvaro Pais a gritar pelas ruas de Lisboa:
– “Todos ao Paço que matam o Mestre! Venham que matam o Mestre que é filho de El-Rei D. Pedro!” Ou seja, o futuro D. João I e os seus, foram matar um inimigo político e, à cautela, puseram o povo em armas em frente ao Paço, já quase a arrombar as portas, porque espalharam a “fake news” de que eram eles que estavam prestes a ser assassinados”.  Onde está a novidade que tanto agita hoje governo e comunicação social? Simples:  é que hoje as falsas notícias já não são controladas por eles.
A arte de manipular é antiga. Mas foi com a imprensa que ela se tornou mais eficaz. Se um boato lançado boca a boca já corre várias cidades, um boato escrito na imprensa, faz uma volta ao mundo. Por isso Gramsci, depois de ver fracassado o marxismo da luta de classes pelo proletariado, virou-se brilhantemente para a “revolução” através das letras tendo dito: “Não tomem os quartéis, tomem as escolas e universidades; não ataquem blindados, ataquem ideias”. E ainda: “Os jornais são aparelhos ideológicos cuja função é transformar uma verdade de classe num senso comum, assimilado pelas demais classes como verdade colectiva – isto é, exerce o papel cultural de propagador de ideologia. Ela embute uma ética, mas também a ética não é inocente: ela é uma ética de classe”. Foi o marxismo cultural que ideologicamente deu o mote para transformar nossa sociedade numa incubadora de falsas verdades para desconstruir valores, conceitos e culturas. Criar um pensamento único em que a verdade é somente aquela que eles defendem e mais nenhuma.
Com este princípio posto em acção, silenciosamente, durante décadas, as sociedades sem se darem conta, foram sendo doutrinadas por um batalhão de gente que controla os meios de difusão das letras sob o batuque dos políticos que assim que se apoderam do poder, tudo fazem para controlar a notícia e a História  a seu favor. Uns de forma subtil outros completamente à descarada como foi o caso em Portugal de Sócrates que queria comprar a TVI para a silenciar e manipular a  informação.
Por isso, muito antes das redes socais sequer serem sonhadas por “Zuckerbergs”, já se ensinava falsamente nas escolas e universidades, entre tantas outras coisas:  que o 25 Abril foi uma luta pela liberdade quando na realidade aconteceu – dito pelo próprio Otelo Saraiva de Carvalho – pelo cansaço pela guerra colonial e por razões corporativistas quando os militares de carreira se viram ultrapassados nas promoções por antigos milicianos; que Che Guevara foi um herói da democracia e liberdade quando na verdade foi um assassino em massa, racista e homofóbico que queria impor uma ditadura; que o socialismo não é marxismo quando este deriva dessa ideologia; que o fascismo é de direita quando este é uma ideologia revisionista do marxismo; que a ideologia de esquerda é quem se preocupa com os pobres quando na verdade é a que mais pobres e dependentes cria; que os países comunistas/socialistas não fracassaram apenas não aplicaram o verdadeiro socialismo.
A chegada das redes socais não veio piorar esta situação já existente. Na verdade veio trazer mais transparência e escrutínio às falsas notícias e à doutrinação. Porque ao retirar o poder de controlo aos média e políticos, estes deixaram de ter influência absoluta sobre o que se escreve. O pensamento passou a ser mais livre, mais exposto, aberto a todo o cidadão, ligado mundialmente,  que analisa por si, questiona, interroga e faz contraditório. Nas redes, uma mentira não atravessa décadas como no passado. Bastam dias para que uma falsa notícia seja desmascarada por milhões de pessoas nas redes, desacreditando o órgão ou pessoa que a lançou. E é aqui que reside o medo dos governos, dos partidos e da comunicação social que vive acoplada a eles. Porque hoje, são as redes o crivo e não os jornalistas. São elas que detectam a falsidade e arrasam quem as cria.  
O Governo fingindo-se AGORA preocupado com esta problemática, ironicamente criada  também por ele – são os maiores difusores de “fake news” na rede – diz querer  legislar. Mas na verdade quer limitar a liberdade de expressãoQuer ter de novo o poder absoluto sobre tudo o que é divulgado.Porque sabe que sem isso:  não pode dizer que o país está melhor que nunca sem ser desmentido com números reais na rede;  que o OE2019 é um bom orçamento sem ser acusado de embuste; que o rendimento das famílias aumentou sem ser desacreditado por cidadãos atentos que provam que com os aumentos escandalosos dos impostos indirectos, perderam mais que ganharam. O governo quer o monopólio das “fake news”. Quer mentir à vontade sem contraditório. Essa é que é  a verdade.
A melhor forma de nos defender das notícias encomendadas,  é ter a verdade sempre  do nosso lado.  Só assim não nos contradizemos, não nos engasgamos com argumentos esfarrapados. A rede pela sua imensidão, regula-se a ela própria, denunciando em poucas horas, a mentira. A verdadeira democracia é assim.
Legislar é só uma forma encapuzada de ditadura ao pensamento livre. Um “lápis azul” mais azul que no passado, sob a falsa pretensão de defesa por uma sociedade mais livre e democrática. Já conhecemos esse filme ainda em exibição perto de nós,  e chama-se Venezuela. 



A confissão de Francisca Van Dunem segundo a “teoria do Daniel Oliveira”



5 Novembro, 2018
É tão giro ver nos intelectuais da esquerda à direita, comentadores e  comunicação social, uma preocupação  obsessiva com a nomeação do Juiz Sérgio Moro para ministro da justiça brasileira, lalegando que põe em causa o princípio da separação de poderes. Bem, eu devo ser realmente muito ignorante por ver exactamente o oposto. Porque este medo não é normal num país cuja Ministra da Justiça veio do TCIAP e é juíza do Supremo Tribunal de Justiça. A pergunta é: que “confissão” deu Van Dunem ao aceitar o cargo no ministério ou isto passou ao lado destes comentadores? 
Não compreendo como é que um país, que além disto,  tem um PGR nomeado por governos, uma eleição de juízes por via electrónica, se acha com superioridade moral para opinar sobre outros países que, por muito que lhes custe admitir, estão a fazer melhor que nós na área da justiça. Ou já se esqueceram que no Brasil os corruptos já estão na cadeia a cumprir pena (e mais irão), os processos são céleres  e nós, além de os ter todos soltos e a viver bem – alguns até já condenados –  não se prevê que sejam julgados ou presos tão cedo.  E mais: há o risco de “prescrição” de uns  e o habitual arquivamento por “falta de provas”, de outros.
Por isso,  é preciso ter muita falta de vergonha para certos indivíduos virem para as televisões e jornais criticar o Brasil,  com um país como o nosso que protege os corruptos descaradamente. Quem não assistiu à substituição desnecessária, pelo governo, da PGR Joana Marques Vidal, com a ajuda do Presidente da República e que estava a fazer um trabalho brilhante no combate aos crimes de colarinho Branco? Quem não viu um sorteio para a escolha de um juiz da Operação Marquês, a ser seleccionado à quarta vez,colocando de fora Carlos Alexandre que conduziu de forma também brilhante o processo, por outro com currículo vasto em arquivamentos e queixas do ministério público? Quem não viu no passado, Cândida Almeida, Noronha do Nascimento e Pinto Monteiro a arquivar tudo o que implicava o arguido Sócrates, onde até se recortou literalmente provas do processo?  E andam estes a fingir estarem preocupados com a separação de poderes. Francamente.
Nós como país somos a prova que não há nem nunca houve separação de poderes. Só de fachada. Porque na verdade temos um sistema promíscuo em que o poder político  tem tentáculos em todos os sectores.  E movimenta-se livre, de forma escancarada, porque já se sabe que aqui, neste rectângulo, só vai preso quem está fora do sistema. E não há, nem nunca houve, vontade de mudar isto. Mas disso, os comentadores do regime não falam. Muito menos a comunicação social.
Sérgio Moro de facto é um “perigo” no Ministério da Justiça brasileira, não pelo que o acusam mas pelo trabalho sério, honesto e principalmente competente que vai fazer de imediato. Porque ele conhece bem os meandros da justiça brasileira. Sabe por experiência o que funciona bem e mal, para corrigir  tudo aquilo que durante anos contribuiu para a escapatória dos corruptos nas malhas da lei. E sabe como ninguém, o que é que o sistema judiciário precisa melhorar para limpar a corrupção do país. Porque ninguém melhor que um profissional da área para fazer o que tem de ser feito e bem. Ora, se isto é assustador? Claro que sim, mas só para aqueles que viveram à custa do sistema corrupto do país.
É o caso de alguns políticos e empresários em Portugal. As ligações da Lava Jato têm tentáculos até nós. Um “super juiz” que já demonstrou ser incorruptível, íntegro e implacável no combate à corrupção, só pode deixar muita gente sem dormir do lado de cá. Porque de repente perceberam, que apesar de terem mudado o Juiz Carlos Alexandre, apesar de terem corrido com Joana Marques Vidal, a ameaça continua do outro lado do atlântico com o Processo Marquês e Monte Branco, ligado ao Lava Jato.  Mas que ao contrário daqui, não podem mais controlar. O PT foi corrido.
Por isso diz-se “inverdades” sobre Moro e esconde-se as verdades. E as verdades são: que  a Lava Jato teve seu início em 2014  sem que nada fizesse prever que alguma vez Bolsonaro chegasse à presidência; que essas investigações foram levadas a cabo pela Polícia Federal sendo que Moro só as autorizou; que  Lula viu sua pena ser aceite e aumentada pelo TRF4 e não por Moro; que  Lula viu  sua candidatura ser rejeitada pelo TSE e não por Moro; que Lula teve seus inúmeros recursos negados pelo STF e STJ e não por Moro. Portanto, a “culpa” não foi de Moro mas dos tribunais das instâncias superiores. Logo, a teoria da perseguição política é falsa.
Enquanto por cá se tenta ensinar os outros países a se governarem, nós escolhemos os ministros e secretários de acordo com os laços familiares, amizades e interesses, mesmo sem qualquer experiência, mesmo com licenciaturas falsas, mesmo sem sequer serem da área para que são nomeados. Que o diga Galamba que até conseguiu uma nomeação para secretário da pasta da… energia. Foi escolhido por saber ligar interruptores?
Num país que não privilegia o saber, a experiência como factor fundamental para uma nomeação, jamais terá a eficiência dos ministérios de Bolsonaro. E isso dá medo a quem não interessa que se prove que sem  políticos a fazer política num governo, o país prospera.

Guião para a esquerda do Sr. Louçã


2 Novembro, 2018
Eu sei que para um burguês caviar que sempre viveu como um capitalista, encostado ao Estado, docente universitário (pois…), deputado (ora…) e acabando por integrar  o Conselho Consultivo do Banco de Portugal e Conselho de Estado ( meu Deus que belo exemplo de marxista ), é difícil compreender o fenómeno Bolsonaro ou Trump. Eu também, se vivesse numa redoma de luxos e cargos  inacessíveis ao comum mortal, provavelmente também não.
Mas eu, ao contrário de Louçã, sou do povo.  Nasci e vivi no meio do povo. Meus avós eram agricultores e pescadores. Meus pais foram emigrantes. Meu percurso pessoal, académico e profissional está recheado de superações a adversidades.  Uma vida cheia de fracassos que se transformaram em sucessos por teimosia, resiliência e muita coragem. Sozinha. Claro que não sabe o que isso é. Porque partir unhas e fazer calos (as minhas mãos não são de princesa), conquistar só por mérito,  não é a vossa cena. Sois parasitas.
Eu sei que para gente que vive alapada ao Estado, gente do povo que emerge no meio político, assusta para caraças e por isso é preciso desacreditar fazendo crer que  “esta vida” não é para gente, vá lá, “menos inteligente” – isto para não dizer burra – pois só vós os “ilustres” intelectualóides tendes capacidade para tal. Deve ser por isso que em 44 anos de uma democracia adulterada, a esquerda deste país levou 3 vezes o país à falência e AGORA com Bloco de Empreendimentos e PCP, nesta aliança governativa, darão mais um contributo precioso na 4 falência que se avizinha. O que prova que ter intelectualóides a governar, é bancarrota na certa.
Sabemos muito bem que Bolsonaro já andava na política há 30 anos. Mas é precisamente aí que reside a mais valia: a política não o corrompeu nem enriqueceu. Pode dizer o mesmo de si e seus companheiros de luta?  Claro que não.  Político medíocre? Bem, para quem vê em Lula um político de excelência e Dilma uma referência, não preciso de acrescentar mais nada a esta sua classificação infeliz que diz tudo sobre si.
A direita meu caro, não precisa do seu guião para nada porque graças a vós e só a vós,conseguimos provar SEM ESFORÇO que o vosso marxismo, quando implementado  numa sociedade, é mais destrutivo que um vírus. Só temos de dar tempo ao tempo para que as pessoas, acordem da letargia com doutrinas estrategicamente propagandeadas nas escolas, universidades e comunicação social. Pessoas que infelizmente, só quando chegam ao ponto rebuçado amargo do Brasil ou Venezuela, acordam para a crua realidade dos factos: o marxismo só traz miséria, colapso social e financeiro. Facto.
Também não precisamos de inventar fake news. Basta-nos relatar com rigor a verdade sobre vós. E a verdade é que são um bando de mentirosos:  que dizem combater a especulação mas são especuladores-mor do mais elevado grau jamais visto; que jamais se submeteriam à ditadura de Bruxelas mas curvam-se a a eles até se vos  ver as cuecas; que nunca mais aprovariam um cêntimo para bancos ou empresas privadas e aprovam orçamentos com milhões para a banca, perdões fiscais para os gurus do capital; que dizem que só aprovariam OE2019  se houvesse dinheiro para contagem tempo de serviço dos professores, mas mesmo sem isso, assinaram; que dizem ter posto termo à austeridade de Passos e desde que fizeram aliança com PS, ainda não pararam de aprovar orçamentos com aumentos brutais de impostos, tendo ultrapassado já o período da Troika; que dizem baixar o IRS às famílias mas na realidade, aumentaram; que iam exigir baixar a luz, mas só baixou o IVA do aluguer do contador que são uns míseros trocos; que dizem ter aumentado rendimento das famílias mas aumentaram o custo de vida de forma tão brutal, que anulou umas pindéricas reposições. E fico por aqui senão vai parecer um livro e não um texto. Aprenda: as maçãs podres caem sozinhas.
Já do vosso lado, só com Fake News conseguem fazer valer vossa ideologia fracassada, quando teimam em dizer que os cortes nos salários, os aumentos de impostos, a austeridade severa e as privatizações foram obra do Passos. Uma mentira repetida até à exaustão quando é factual que foi SÓCRATES o AUTOR dessas medidas, aplicadas ainda em governo e depois transitadas para o Memorando de Entendimento que ELE assinou com a Troika e que QUALQUER executivo que se seguisse, teria de cumprir à risca! Vá ler o Memorando! Uma mentira colossal muito mais pejorativa e que se manteve ATÉ HOJE,  do que aquela patetice do relógio da Catarinocas que só meia dúzia de distraídos engoliu. Ou a eterna falácia dos subornos a Portas nos submarinos que obrigou Ana Gomes a pedir desculpas a Cecília Meireles que a desmascarou.   Ou ainda a patranha de chamar FASCISTAS a gente de direitaquando essa é uma corrente ideológica, revisionista do marxismo, que nasceu com o filósofo socialista italiano Giovanni Gentile e que foi seguida por outro nacional socialista, Mussolini, que desavindo com o partido, criou outro cujo o símbolo era o fasces. Daí o nome fascistas aos militantes. Celebrizou a frase: tudo no Estado, nada contra o Estado, nada fora do Estado. Assim como a invenção perpetuada por vós de que Hitler era de direita quando na verdade era outro nacional socialista.  Vá estudar!
Meu guião para vocês é que parem de mentir sobre adversários fingindo que são assassinos de minorias, perseguidores de opositores, violadores de liberdades, invocadores de ódios, organizadores de milícias. Que parem  de vender uma porcaria de ideologia assassina de democracias como sendo um produto da liberdade e prosperidade. Porque enquanto não REPUSEREM essa verdade, serão desmascarados e depois arrasados por todos os “Bolsonaros”  que hão de vir  provar, que gente séria, do povo, que sabe trabalhar e liderar, é  capaz de criar desenvolvimento económico e qualidade de vida, sem por em causa as liberdades individuais e colectivas, com muita mais competência, demonstrando assim, que o marxismo é um fiasco.



A direita que votaria no marxista Haddad


1 Novembro, 2018
Respirem fundo. Bolsonaro não vai implantar uma ditadura. Não vai matar opositores. Não vai perseguir homossexuais. Não vai provocar desigualdades entre mulheres e homens. Não vai perseguir nem matar negros. Tudo o que ouviu dos média em campanha foi uma construção falsa contra um candidato, a favor de outro, e contra o qual milhões de brasileiros lutavam. Endeusaram Haddad, um bandido com várias dezenas de  processos judiciais activos por corrupção e branqueamento de capitais, com programa eleitoral claramente ditatorial,  e demonizaram Bolsonaro truncando entrevistas, vídeos, alguns com quase 30 anos e citações fora dos contextos para servir uma agenda política aos globalistas apoiantes de uma nova ordem mundial. Foi feita uma clara campanha a FAVOR DO MARXISMO por parte da classe intelectual e dos média. Coisa jamais imaginável em pleno século XXI onde muitos países já viram e  ainda vêem a face negra  do comunismo. É exactamente por isto que o povo, que quer queiram quer não, é quem mais ordena (ironicamente são os comunistas que o afirmam) e democraticamente nas urnas,  há de banir o comunismo e agendas globalistas  do planeta. Temos pena.
Entretanto, preparem-se porque os perdedores, “defensores da democracia, tolerantes, pacíficos e sem ódio”, vão começar os motins e ataques violentos a civis para depois virem vitimizar-se, quando a polícia intervir,  alegando que estão a ser oprimidos na “luta” pela “reposição da democracia” (curiosamente ganha nas urnas  ah! ah! ah!) e contra o “ódio” e contra a perseguição de não sei do quê, nem por quem, mas que servirá para espalhar o terror sob a bandeira hipócrita da defesa pela liberdade. Mas qual liberdade? Aquela que querem usurpar? Agora são eles que escolhem quem vence e não o povo? Mas isso não é ditadura?
Da esquerda tudo espero porque tem sido assim sempre que perdem eleições democráticas, mesmo que totalmente viciadas e manipuladas por eles com a ajuda dos média. Agora a grande surpresa foi descobrir que existe uma #DireitaHaddad!!! Sim, ouviu bem. Uma direita capaz de, como li, votar em consciência sem hesitar em Haddad ou outros que o fariam depois de fechar os olhos. A sério??????? Então votariam, se fossem brasileiros, num marxista puro, que não escondeu ao que vinha com programa eleitoral claramente ditador castrador das liberdades individuais e colectivas, para se perpetuar no governo e soltar os criminosos petistas da cadeia???? Desculpem mas isto é assustador.
O pior pesadelo que me poderia assombrar neste momento é saber que na ala liberal há marxistas vestidos de direita. Sim marxistas. Porque só marxistas votam em marxistas. Escusam de estrebuchar. Porque existe o voto em branco. Existe opção para os objectores de consciência. Se não fazem uso a esse direito, são como eles. Não há volta a dar.
Alegam as criaturas que foi por via de um discurso de “ódio,  machista, racista e homofóbico” inspirados em vídeos com quase 30 anos.  Quem é capaz de me afirmar aqui que suas opiniões, hoje, são as mesmas que há décadas atrás seja sobre homossexualidade, migrantes, sobre a actualidade do seu país ou qualquer outro tema? A forma como hoje resolveriam problemas nacionais seriam iguais há 10, 20, 30 anos? Não precisam de responder. Todos nós vamos crescendo nas nossas visões sobre o que nos rodeia. Que o digam por cá os agora PSD que eram PCTP-MRPP por exemplo. Eu sou do tempo em que a homossexualidade era tabu e quando apareceu a sida –  que inicialmente era atribuída a esse grupo e se acreditava ser contagiosa pelo toque –  tínhamos medo do contágio e dos homossexuais!!! Claro que hoje, depois de muita informação, a sociedade progrediu e são naturalmente aceites sem qualquer problema. Assim foi com Bolsonaro que disse explicitamente em entrevista recente que TODOS são iguais perante a lei e devem ser por isso respeitados ao abrigo da Constituição. 
Ele de facto usa muitos eufemismos excessivos quando quer transmitir uma ideia. Curiosamente, o povo entende-o bem porque no dia a dia fala como ele, de forma emotiva e exagerada. Bolsonaro é um ex-militar, pai de família, católico devoto, homem do povo, simples, genuíno e de pavio curto. Precisamente por isso, o povo não só entendeu a mensagem, como não o teme. Já os intelectuais deste país, que não se misturam com o povo, estão perplexos e “assustados”. Sosseguem. Porque a bolsa já disparou;  os investidores estrangeiros já estão de olho no Brasil; os ministros escolhidos são de topo (veja-se o ministro da ciência e tecnologia se tem alguma comparação curricular com os medíocres dos ministros portugueses) e se cumprir com todo o programa, em  pouco mais de 2 anos, o país estará a “bombar” economicamente  tal como Trump, sobre quem agora todos silenciam. Tudo isto, sem cortar liberdades nem matar a democracia.
Mas curiosamente, a #direita Haddad não sentiu medo dos discursos de ódio espalhados pelas esquerdas em campanhas eleitorais no Brasil: “Brasil será incendiado por greves e ocupações– MTST;  É preciso derramar sangue” – Benedita da Silva do  PT; Vamos fazer uma guerra civil” – CUT;  Vamos fuzilar” – Mauro Iasi do  PCB;  Vai ter de matar gente” –  Gleisi do PT;  Eles vão apanhar nas ruas e nas urnas” José Dirceu do PT. Ou seja, o ódio da esquerda é fofinha e não aterroriza ninguém…  da  #direita Haddad. Pois.
Para mim esta eleição foi um abre olhos. Percebi que há entre nós indivíduos perigosos que se dissimulam de direita.  Que por viverem numa redoma de glamour e purpurinas da “socialite chique”, não percebem  o que é viver todos os dias a desviar-se das balas sempre que se vai para a rua trabalhar, que não sabem o que é temer que os filhos morram no regresso da escola, que não sabem sequer o que é viver em dificuldades extremas. Não sabem nem querem saber. Mas sabem com firmeza que votariam Haddad, do mesmo PT que transformou Brasil numa gigantesca organização criminosa de onde se foge para sobreviver! 


Caro cronista do ECO...



27 Outubro, 2018
Caro cronista, como leitora assídua do Observador, permita-me umas palavras acerca deste seu texto:
É desonesta, sua comparação de Bolsonaro a Chávez porque as suas alegações são exactamente o que Haddad promete no seu programa eleitoral:  controlo dos média pelo Estado; aumento de impostos sobre propriedade privada; desmilitarização das forças policiais; penas mais leves para criminosos; reforma do sistema judicial de forma a reduzir o poder de investigação do ministério público federal; novo processo de constituinte para aumentar o poder do Estado. Quem é o anti-democrático, afinal? Quem é que camufladamente quer implantar uma ditadura? Sabia que o socialismo é apenas um meio para atingir o comunismo? Pois. Bem me parecia…
Em contrapartida, Bolsonaro promete um país livre, sem diferenças entre as pessoas, com liberdade de imprensa, combate aos criminosos e corruptos agravando-lhes as penas, mercado livre, respeito pela propriedade privada, fim do marxismo cultural, fim da ideologia de género nas escolas, mais policiais na luta contra o crime, mais segurança, defesa dos valores e cultura ocidental, separação total dos poderes, justiça sem interferência governamental. Onde está o tal discurso “mais anti-democrático” nisto? Se os viu escritos por aí, então é porque também foi vítima das manipulações dos nossos média que cortam frases fora do contexto para propagandear uma agenda claramente esquerdista/marxista e assim construir uma imagem falsa do candidato de direita. Quando ele disse, referindo-se aos corruptos criminosos do PT: “essa turma se quiser ficar vai ter de se colocar sob a lei de todos nós ou vão para a cadeia. Esses marginais vermelhos serão banidos da nossa pátria”, escreveu a imprensa, que ele iria prender todos os opositores de esquerda. Meias verdades não são verdades. São fake news. Nem a actual Constituição brasileira permitiria tal. Mas claro, isso não convém dizer.
Neste vídeo que lhe recomendo, e deixo o link aqui https://www.youtube.com/watch?v=7fxTF48Z52E ele diz textualmente: “Qual a diferença minha pra negro? Ele é inferior a mim? Obama chegou lá como? Mérito! Se querem democracia é assim, artigo 5º da Constituição. Todos nós somos iguais, ponto final! Quanto a negros serei daltónico: todos terão a mesma cor. Vocês (imprensa) é que foram pervertidos ao dizer que direitos humanos é defender minoria. Não é. Devemos brigar por minorias? Não! Nós temos de brigar para que TODOS sejam iguais perante a lei”. Isto é ser homofóbico? Isto é discurso de ditador? E os deputados do PSL, já olhou bem para eles? Quer mais multiculturalismo que isso? E o eleitorado, cheio de mulheres, gays, negros, de todas as culturas e raças, jovens e séniores, mais e menos formados, mais e menos ricos, mais de 50 milhões! Quer mais diversidade votante que isto? Não brinque com coisas sérias.
Se o discurso de Bolsonaro não é justificável como pode justificar seu discurso a favor de Haddad, que de forma aberta venera e apoia a ditadura de Maduro e de Cuba? Os discursos de extremistas marxistas agora são bons? Quem é aqui o candidato amante e apoiante de ditadores? Foi ou não foi o PT que além de apoiar ditaduras, financiou-as?
Acusa alguns dos cronistas do Observador de espalhar ódio com as suas opiniões. Mas agora pensar diferente, argumentando seus pontos de vista, é espalhar ódio? Que fundamentalismo vem a ser este? Estamos em ditadura?
Sim, a disputa é mesmo entre a liberdade de um mercado livre, numa sociedade igualmente livre, na figura de Bolsonaro, contra a servidão a um regime onde o Estado concentra em si toda a economia e controlo da sociedade, representada e defendida por Haddad, debaixo do comando do presidiário Lula da Silva que controla o partido a partir da cadeia. Está tudo explicadinho nos programas eleitorais de cada um. Vá ler!
Dizer que não é uma escolha contra a corrupção, porque só Lula foi preso, Dilma ainda não, Haddad não foi acusado de corrupção e o partido não é todo corrupto, é ainda mais desonesto. Não meu caro, Lula não roubou um país inteiro sozinho. É do conhecimento público que o PT transformou-se numa organização criminosa gigantesca onde poucos escapam; Dilma ainda não é acusada porque beneficiou de imunidade parlamentar e Haddad sua opção “democrática” está sim acusado de corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro (fonte DN). Anda só distraído ou é mesmo má fé?
Mas tem razão quando cita que “ uma sociedade aberta não pode tolerar o intolerável, sob pena de se fechar definitivamente”. Só não entendo porque defende o intolerável na pessoa de Haddad e tudo o que ele representa quando a História já nos ensinou a todos que o socialismo mata a democracia. Quando o legado do PT no Brasil já demonstrou isso inegavelmente.
A responsabilidade da comunicação social é não fazer juízos de valor a um povo que decide nas urnas, democraticamente, aquilo que entende ser o melhor para si. Nem ser fundamentalista, muito menos parcial. A comunicação social tem o dever de informar com isenção e respeitar os cidadãos nas suas escolhas, sem rótulos e frases ou adjectivos tendenciosos. Já agora onde estava você quando o povo da Venezuela escolheu Chavez? Porque não se insurgiu alertando para a ameaça duma ditadura etc. etc e tal?
O que distinguiu o Observador até hoje foi o facto de nunca vedar qualquer opinião dos seus cronistas mostrando que em democracia todas as opiniões são válidas, todos os pontos de vista interessam mesmo divergentes. Porque o que mata um jornal e afasta leitores é sentir que o mesmo só serve um grupo de pensadores, todos em sintonia. Não é assim que se contribui para uma saudável construção de opiniões. Quem foi que disse que há opiniões mais válidas que outras? Isso não é liberdade de expressão, é censura, castração do pensamento.
É precisamente essa liberdade que o Observador dá que faz dele a minha referência jornalística. Porque assim posso exercer a minha liberdade de escolher quem quero ler e não ter de ler apenas o que é escolhido para mim. E é nas diversidades de opiniões que formo a minha.
No dia em que o Observador se deixar manietar por estas críticas de pequenos ditadores de pensamento único, morre.